AGONIA E ÊXTASE
AGONIA E ÊXTASE / THE AGONY AND THE ECSTASY
Direção: Carol Reed (Estados Unidos, 1965).
Tendo assumido o pontificado em 1503, o “Papa Guerreiro” Júlio II (1443-1513) chegou a pegar em armas para defender as terras pontifícias (é imperdível a simbólica cena em que o Papa tira a armadura e veste a túnica pontifícia). Preocupado com o legado que deixaria para as gerações futuras, o Papa Júlio II (Rex Harrison) resolve contratar o maior pintor e escultor renascentista Michelangelo Buonarroti (Charlton Heston), encomendando-lhe a pintura do teto da Capela Sistina em 1505. O artista inicialmente se nega, mas logo é forçado pelo pontífice a fazê-lo. A partir daí, começam as disputas entre Michelangelo e o Papa a respeito do projeto. O cenário do filme é o renascimento italiano, no início do século XVI. A história é centrada na divergência entre o artista e o Papa. Um de seus trabalhos mais longos, Michelangelo dedicou-se de 1508 a 1512 para narrar nove episódios do Gênese. Esta cena apresenta a censura da igreja diante da imagem desnuda, por meio de uma calorosa discussão entre os Cardeais e Michelangelo, a respeito das imagens pintadas pelo artista no teto da Capela Sistina. Os Cardeais comparam a pintura de Michelangelo à pintura dos gregos, que glorificavam os corpos e eram pagãos. Por sua vez, Michelangelo defende-se, dizendo que pintará o homem como Deus o fez, na glória de sua nudez.