Portugal
- Iniciativa Novas Oportunidades regista forte adesão
05/12/2010
Mais
de 90 mil portugueses dos quase 450 mil que se inscreveram num Centro Novas
Oportunidades, desde o início de 2007, obtiveram certificação de ensino básico
ou de ensino secundário.
De
acordo com os dados da Agência Nacional para a Qualificação, I. P., desde 2007
e até 31 de Agosto de 2008, inscreveram-se nos Centros de Novas Oportunidades
447 774 candidatos, dos quais 92 351 obtiveram uma certificação escolar.
Destes, 4021 indivíduos obtiveram uma certificação de nível secundário.
Como
demonstram estes números, a iniciativa Novas Oportunidades está a ter uma forte
adesão por parte dos portugueses. Até Agosto deste ano, envolveu cerca de 15 por cento da população activa
sem o ensino secundário completo, num total de mais de 500 mil cidadãos.
Desde
o seu início, em 2006, inscreveram-se no programa Novas Oportunidades 516 mil
adultos, tendo 161 683 concluído a sua certificação.
Dos
adultos inscritos nos Centros Novas Oportunidades desde
o início de 2007, 213 890 tinham como objectivo a
certificação ao nível do ensino básico (4.º, 6.º ou 9.º anos de escolaridade),
enquanto 233 884 pretendiam concluir o nível secundário de educação (12.º ano
de escolaridade).
A
maioria dos inscritos no nível básico (36 por cento) tinha entre 35 e 44 anos,
10 por cento tinha entre 18 e 24 anos, e apenas 1 por
cento tinha 65 ou mais anos.
A
maioria dos inscritos para obter o nível secundário (37 por cento) tinha entre
25 e 34 anos, e apenas 3 por cento tinham entre 55 e
64 anos.
Regista-se,
assim, uma adesão muito importante dos indivíduos que constituem a população activa portuguesa e que, na maior parte dos casos, estão
inseridos no mercado de trabalho sem terem uma qualificação de nível básico ou
secundário.
A
região norte regista o maior número de inscrições,
quer para a obtenção do nível básico de educação (45 por cento) quer para a
obtenção do nível secundário (37 por cento).
A
iniciativa Novas Oportunidades, tutelada pelos ministérios do Trabalho da Solidariedade
Social e da Educação, tem como objectivo qualificar
um milhão de indivíduos activos, até 2010, através
das diferentes modalidades de educação-formação para adultos (sistema de
Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, Cursos de Educação e
Formação de Adultos e formações modulares certificadas).
Tem,
igualmente, como meta envolver mais de 650 mil jovens em cursos técnicos e
profissionalizantes (cursos profissionais, cursos de educação e formação e
cursos inseridos no sistema de aprendizagem).
Este
objectivo assume especial importância quando apenas
20 por cento da população adulta portuguesa completou o ensino secundário,
enquanto nos países da OCDE esta percentagem ronda os 70 por cento.
Dos
cerca de cinco milhões de portugueses que integram a população activa, metade tem menos do que a escolaridade obrigatória
(9.º ano de escolaridade).
Portugal
tem também mais de 485 mil jovens a trabalhar sem o ensino secundário completo
e mais de metade destes (cerca de 266 mil) não
concluíram sequer a escolaridade obrigatória.
Neste
contexto, assumem uma importância fundamental os dois grandes princípios
orientadores da iniciativa Novas Oportunidades e dos seus mecanismos de
intervenção: garantir que Portugal assume como referencial mínimo de qualificação
o 12.º ano de escolaridade e que os percursos de educação-formação se
estruturam em qualificações de dupla certificação (escolar e profissional).
Fonte:
http://oei.es/noticias/spip.php?article3430&debut_5ultimasOEI=175